sexta-feira, 4 de junho de 2010

Curso na Sorbonne


Agora que eu me toquei que eu não publiquei nada sobre o curso que eu fiz. Que absurdo! :o)

Fiz um curso de Civilização Francesa na Sorbonne. Acho que valeu MUITO a pena! Revi praticamente tudo o que eu já tinha aprendido de francês na minha vida em um curto período de tempo. E o mais interessante é que você revisa não só gramática, como aprende bastante sobre a cultura e história geral da França. Era muito legal quando a professora ficava nos contando curiosidades de lá. Você aprende francês e ganha conteúdo!

Bom saber: as crianças não têm aula na quarta-feira pois é considerado importante que elas vivam um pouco do ambiente de casa também. Ou seja, se você estiver precisando de um emprego...é uma opção ser babá, pois como os pais trabalham, a demanda por baby sitter nesse dia da semana é ENORME!

Como o curso é para estrangeiros, você conhece gente de todos os cantos do mundo. Isso é muito bom também! E a professora pedia para cada dia um apresentar algum tema para a turma em 15 minutos. A maioria contava sobre o seu país e levava várias fotos...Era o máximo!

Claro que o curso teve pontos negativos. A Sorbonne é super renomada, então o seu nível de exigência fica lá em cima, né? Para começar, o curso não é dado no belíssimo prédio turístico que você já conhece. Esse prédio quem usa são os franceses. Os cursos para estrangeiros são em prédios separados e com uma infraestrutura inferior. Nossa maior reclamação era a limpeza do banheiro!!

Além disso, a professora ficava insinuando o tempo todo que só os europeus têm uma cultura geral do mundo maravilhosa. E muitas vezes ela soltava umas piadinhas do tipo: "Pietro, você conhece esse escritor famoso francês, o resto da turma não deve conhecer." Falando diretamente com um italiano. Enfim, faz parte! Mas acho que a maior implicância dela era com os americanos. Até que ela parecia ter uma certa simpatia pelo Brasil.

Você pode fazer a inscrição para o curso aqui no Brasil mesmo. Eu fiz lá, mas os brasileiros já foram com tudo encaminhado. Só tem que fazer a prova de nivelamento quando chegar.

O curso era bem intensivo! Tínhamos aulas todos os dias e com uma carga horária reforçada. Eram 2 professoras diferentes. Uma ensinava somente fonética - 1h por dia. (30 minutos treinando e 30 minutos no laboratório gravando e escutando sua pronunciação). Essas aulas foram super válidas. A prof. já sabe qual a dificuldade de pronunciação dos brasileiros e espanhóis que é totalmente diferente das dificuldades dos russos por exemplo.

No geral, foi uma experiência maravilhosa! Eu SUPER indico :o)

No último dia, teve uma festinha de despedida.

 Conheço pessoas que fizeram outros cursos e também gostaram:

- Alliance Française
- France Langue

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Hotéis baratos em Paris

De vez em quando, alguém me pede indicação de hotel em Paris, mas como sempre que eu fui para lá foi ou para morar ou para visitar o Nando que estava morando, não tenho nenhuma dica.

Porém, pedi duas sugestões para a Gabriela. Vejam abaixo a resposta que ela me enviou com os pontos fortes e fracos de cada um!

Observação: quem tiver uma indicação, por favor, colabore também.

Ficamos nesses dois hotéis:


O primeiro foi indicação da minha irmã e é o do chuveiro problemático. Não lembro exatamente o preço, mas é um pouquinho mais caro do que o segundo. É super bem servido de metrôs: tem umas três estações bem perto.

O segundo é uma graça e achamos pelo site booking.com. Se sua amiga optar por esse, acho que seria bom fazer a reserva pelo site. O banheiro é superpequeno e as paredes muito finas, um problema por causa do barulho de manhã.

Não só pelo custo benefício, mas pelo tamanho do quarto e pelo atendimento, achei o segundo melhor.

Curiosidade: Só para esclarecer...o chuveiro é problemático pois não fica pendurado na parede. Então, você precisa segurar enquanto toma banho. Mas isso não é tão incomum para os franceses. Já vi esse tipo de chuveiro em outros hotéis que fiquei hospedada pela França. Realmente, não é a coisa mais confortável do mundo lavar o cabelo com uma mão e segurar o chuveiro com outra. Mas, por poucos dias, dá para levar!

Bom saber: Sempre que a gente escolhe um hotel para se hospedar, checamos no site Trip Advisor os comentários de quem já ficou hospedado e a nota média de avaliação. É uma ferramenta bem legal que ajuda bastante na hora de organizar uma viagem por conta própria.

Conhecendo Berlim!

Depois de conhecer Potsdam, fomos até Kreuzberg, um bairro frequentado pelos berlinenses e pouco turístico. Jantamos num restaurante paquistanês que ficava na rua Falckensteinstrasse. Estava morrendo de medo da comida vir muito apimentada, mas o garçom me indicou um frango ao molho de curry com maracujá. Uma delícia!! Que jantar diferente e, ainda por cima, foi à luz de velas. Espetáculo!


Atravessamos a ponte Oberbaumbrücke e chegamos no antigo lado Leste. 

East Side Gallery: uma galeria de arte ao ar livre onde pintores transformaram a tristeza do muro em coloridas obras de arte.


Curiosidade: A famosa pintura que mostra um beijo entre o ex-presidente da URSS Leonid Brezhnev e o líder alemão Erich Honecker.


É impossível ir para Berlim e não refletir sobre a história da humanidade. Todas os fatos e imagens que vemos espalhados pelas ruas da cidade são muito recentes. Impressionante!

Seguimos para a estação Bernauerstrasse para ver uma outra parte do muro. Pegamos um bonde na saída da estação de metrô e descemos na estação seguinte, mas dá para ir à pé também. Até porque nos arredores têm alguns museus e sinalizações espalhadas pela rua que contam um pouco da história local. Dentro da própria estação você pode ver um cartaz com algumas explicações. Super interessante! Porém, como era tarde e tudo estava fechado, só vimos o muro e um monumento em homenagem aos mortos.


A viagem vai chegando ao fim e vai dando um cansaço. Andamos num ritmo frenético! Não só de esforço físico (ai minhas perninhas, ai minha sola do pé!), como mental. É como se eu tivesse tomado uma injeção de cultura nessa viagem e vários pensamentos e novos conhecimentos estão percorrendo as minhas veias. Mas vamos lá!

No dia seguinte, fomos para Alexanderplatz. No próprio metrô já teve uma cena que me chamou atenção. Entrou um homem com um cachorro. Ele era vendedor de jornal e o cão era treinado, percorreu todo o vagão, como se estivesse desfilando, com o jornal na boca e olhando para as pessoas com uma carinha de me-ajudem-e-comprem-um-jornal. Muito fofo!


A exposição ao ar livre que fica próxima a estação de metrô Alexandreplatz. É gratuita e bem apresentada. Tem muita informação (fotos, vídeos, mapas, etc.) exposta de forma bem didática, num "labirinto de muros" que reconta a história da Alemanha Pós 2ª Guerra Mundial. Bem curioso ver os meios de comunicações que surgiram para tentar divulgar fatos que eram reprimidos na época.


Entramos no Shopping Quartier 206 que me deixou duplamente feliz!

1) Achei uma galeria de arte com obras do Romero Britto (adoro!) e, ainda por cima, encontrei uma Galerie Lafayette. Pasmem!



2) Realizei o meu desejo de comprar O diário da Anne Frank, em francês obviamente. Iupi!!! Quando o Nando achou a livraria, não acreditei! Desde que saímos da França que eu estava arrependida de não ter comprado nenhum livro extra, pois acabei de ler um outro no trem da França para a Itália e, depois disso, só passamos por lugares que eu não domino o idioma. Não sei italiano, nem tcheco, nem húngaro, muito menos alemão. E não queria comprar livro em inglês, afinal, um dos objetivos da nossa "longa-viagem" era praticar o francês. Rs!